Situada a nascente e a cerca de 3 km de Nelas, a Freguesia de Senhorim tem a sua sede no lugar de Casal de S. José e foi sede de Concelho há cerca de 800 anos atrás.

Pelo Foral Afonsino foi constituído Concelho e pelo Decreto de 9-12-1852 foi extinto e integrado no atual Concelho de Nelas.

Com uma área de cerca de 31,08km2, a atual freguesia de Senhorim, a maior do Concelho, é composta por Carvalhas, Casal de São José, Casal Sandinho, Fonte de Alcaide, Igreja, Moinhos, Portela, Póvoa de Cima, Póvoa de Luzianes, Quinta da Cagunça, Quinta do Lila (antiga Quinta do Boticário), São João do Monte, Vila de Senhorim e Vila Ruiva. De acordo com os últimos Censos 2011, a população de Senhorim é de 1163 habitantes.

Num passado longínquo, o concelho de Senhorim foi o núcleo mais importante da área do Concelho de Nelas, englobava as atuais freguesias de Santar, Vilar Seco, Nelas e Senhorim estando inserido nas redes de comunicação do tempo do Império Romano.

O concelho de Senhorim sempre se distinguiu de todos os outros em seu redor, antes da Implantação do Regime Liberal. Aqui tinha residência o senhor donatário do seu concelho, aquele a quem eram pagas as rendas pela atividade económica concelhia consignadas no goral, o foral novo de Senhorim de 1514, a carta constituída dos concelhos.

Durante longos anos, pertenceu à coroa e conheceu vários senhorios. Em 1481 reingressou no Património da coroa de D. João II ascendeu ao trono tendo sido doado, no reinado de D. Manuel, a D. Luis da Cunha, senhor da Sabugosa, Óvoa e Barreiros, proprietário do Solar de Casal Bom em Santar.

Apesar da tradição, registada no “Livro Portugal Antigo e Moderno” de Pinho Leal, referir que foi por diligência dos Cunhas que a sede do Concelho se deslocou de Senhorim para Vilar Seco. José Pinto Loureiro no Livro “Concelho de Nelas” defende que a sede do Concelho de Senhorim foi em Vilar Seco até à sua extinção em 1852: nas inquirições de 1258, já se pode concluir isso e, fora de toda a dúvida, em 1527 (Censo Joanino) a sede era em Vilar Seco.

Marcas visíveis dos diferentes povos que por aqui passaram, são as várias Igrejas e Capelas dispersas pelos lugares da Freguesia. A beleza das serras e dos vales, dos pinhais e das Florestas e campos de cultivo, a ruralidade marcada pela estrutura dos espaços onde os usos comunitários tradicionais ainda não desapareceram e a proximidade dos rios Mondego e Castelo desta Freguesia, uma das mais bonitas do concelho de Nelas, em termos de paisagem natural.